EDUCA O, COMUNIDADE E RELA ES éTNICO-RACIAS: EXPERIêNCIAS NOS ESTADOS UNIDOS E EM MALI

Estudantes negros, como grupo, recebem um tratamento inferior tanto pelas políticas neoliberais quanto por escolas urbanas desprovidas de recursos; nas penitenciárias privadas, americanos negros s o o grupo majoritário. O presente artigo contesta o pensamento e a teoriza o do modelo de Déficit Cultural, sobre a linguagem e a cultura das crian as negras, que têm sido t o prevalentes nos EUA. A pesquisa discutida nesse artigo interrompe este discurso da inferioridade negra e p e em evidência a importancia de os estudantes desenvolverem uma consciência negra crítica, o que pode contribuir para sua excelência cultural e acadêmica. A pedagogia emancipatória para a liberdade humana, a qual promove que os estudantes tenham um senso positivo de identidade e de seu grupo étnico-racial, também é discutida. Ensino emancipatório para consciência negra crítica e liberdade humana significa resgatar história, memória e identidade de forma que os estudantes entendam a situa o da América negra de uma perspectiva crítica e histórica. Educa o para esse tipo de consciência requer que se conecte os estudantes às suas famílias, à história de suas comunidades e a seus ancestrais. S o apresentados cinco princípios da pedagogia emancipatória que podem guiar a prepara o do professor, o desenvolvimento do currículo, do texto didático, e da instru o baseada em padr es, bem como a promo o de rela es étnico-raciais positivas. Estes s o: conscientiza o, crítica da ideologia/crítica do racismo como ideologia, agência cultural/resistência à opress o, epistemologia dialética e ensino através de artes culturais. O exemplo do Clube Songhoy, um laboratório pedagógico para ensino da heran a cultural a estudantes, doutorandos e pais engajados, demonstra como o ensino do idioma e cultura songhoy conecta os estudantes com sua heran a africana, “do Nilo, ao Níger, ao bairro”. O ensino desse legado é fundamental, dado que o norte do Mali está ocupado por extremistas mu ulmanos que destruíram artefatos culturais históricos em Timbuktu.