SUJEITOS GOVERNADOS DA EJA: REVERBERA？？ES DISCURSIVAS NAS DIFíCEIS RELA？？ES ENTRE SABERES MATEMáTICOS

Este artigo é um dos resultados dos trabalhos realizados pelo grupo de pesquisa em estudos de Foucault da Universidade S？o Francisco. Alguns dos exemplos aqui focalizados já foram temas de apresenta？？es em congressos nacionais e internacionais. Eles s？o tomados como provoca？？es para algumas reflex？es ancoradas em determinados episódios relacionados às aulas de matemática para alunos da Educa？？o de Jovens e Adultos (EJA). Nestas, muitas vezes, deparamo-nos com a cren？a de que o uso de saberes mobilizados em práticas n？o escolares, privilegiadamente daquelas práticas relacionadas às quest？es financeiras ou de compra e venda, facilitaria a aprendizagem. A problematiza？？o aqui proposta visa desconstruir a cren？a do que entendemos ser uma tentativa de homogeneiza？？o em atividades escolares de práticas que, ao adentrarem na escola, se fortalecem ao serem legitimadas enquanto um discurso instituído disciplinarmente a partir de uma dada experiência docente que, muitas vezes, tende a desconsiderar as outras racionalidades trazidas pelos alunos. Para tanto, tomamos como mote de nossa discuss？o alguns aspectos da legisla？？o que constituem o espa？o normatizador da EJA, ou seja, o discurso de sua governamentalidade e, na sequencia, abordamos um episódio ocorrido em uma aula de matemática na EJA