Xidzundzu: a incidência ocidentalizante sobre práticas tradicionais de ensino em Mo？ambique

Este ensaio é fruto de uma reflex？o desenvolvida por um jovem mo？ambicano e um jovem pesquisador brasileiro. O estilo do texto tem na oralidade uma forma de tecer a catarse dos autores que n？o conseguem falar do presente sem recorrer aos conhecimentos herdados dos mais velhos, para se posicionar diante do que os incomoda latentemente: o SISTEMA DE ENSINO. Assim, a discuss？o percorre várias instancias sociais do universo maputense, passando pelo Sistema de Ensino de base ocidental, que desvaloriza valores e práticas sócio-culturais dos povos africanos, até alcan？ar uma análise das antigas e atuais formas de coer？？o de práticas tradicionais de rela？？o com os antepassados. Nessa perspectiva, insurge um contradiscurso de resistência dos povos e etnias que procuram restituir suas identidades e subjetividades em tens？o com o que sistema europeu ainda persiste em nos violentar. Na condi？？o de ex-col？nias, as comunidades étnicas mo？ambicanas resistem com suas diversas línguas e práticas culturais milenares – sendo que algumas delas já se encontram em extin？？o –, contudo, o investimento escritocêntrico e eurocêntrico n？o tem descansado na busca de nos dizimar