Efeitos da fertiliza？？o nitrogenada na contamina？？o de milho por fungos e fumonisinas.

A ocorrência natural de fungos toxigênicos e fumonisinas (B1 e B2) foi avaliada em amostras de milho recém-colhido da Regi？o Norte do Paraná, tratado com diferentes tipos (ureia e ureia + inibidor de urease NBPT – N-(n-butil) triamida tiofosfórica) e doses (80, 160 e 240 Kg/ha) de fertilizante nitrogenado. Os gêneros fúngicos mais freqüentes foram Fusarium e Penicillium (83,33% e 98,61%, respectivamente), sendo o gênero Aspergillus detectado em baixa freqüência (4,17%). As freqüências de Penicillium spp., Fusarium spp. e Aspergillus spp. n？o parecem ter rela？？o com a dose e/ou com o tipo de fertilizante nitrogenado utilizado. As fumonisinas foram detectadas em 100% das amostras analisadas, sendo que altas concentra？？es de fumonisinas (19,49 ?g/g) foram detectadas no tratamento ao qual n？o foi aplicado fertilizante nitrogenado. Embora n？o tenha havido diferen？a estatística significativa entre as médias das concentra？？es de fumonisinas em rela？？o à dose de nitrogênio aplicada, níveis menores de fumonisinas (3,13 ?g/g) foram detectados no tratamento 2 (160 Kg/ha de ureia), enquanto que em tratamentos com doses superiores ou inferiores a 160 kg/ha de ureia, houve uma tendência de aumento nos níveis dessas micotoxinas. Além disso, houve correla？？o negativa significativa (-0,3780; p<0,05) entre dosagens de fertilizantes nitrogenados e contamina？？o por fumonisinas. Os níveis de fumonisinas detectados em rela？？o ao tipo de fertilizante nitrogenado utilizado n？o apresentaram diferen？a estatística significativa. Entretanto houve uma tendência de maior contamina？？o quando ureia + NBPT foi utilizada. Esses resultados evidenciam a importancia da fertiliza？？o nitrogenada como ferramenta para minimiza？？o da ocorrência de fumonisinas, proporcionando maior seguran？a alimentar para animais em seres humanos