A diferen a no currículo ou interven es para uma pedagogia queer

Este artigo problematiza os sistemas normativos que aprisionam o corpo, o gênero e a sexualidade. Quatro personagens s o chamados a intervir na discuss o: Thomas Beatie, Brendan Teena, Bree Osbourn e Agrado, pois comp em narrativas que fazem transbordar o sistema corpo-sexo-gênero. Interrogam-se aqui os processos de captura, tais como patologiza o, medicaliza o, exclus o e violência, tendo em vista o dispositivo da sexualidade discutido por Foucault e os processos de naturaliza o do corpo, do sexo e do gênero. Tendo em vista que a narrativa curricular há tempos flerta com os temas da sexualidade e do gênero, na tentativa de produzir novos processos de captura, pensamos que o cruzamento entre a discuss o do currículo e das quatro narrativas contribui para instaurar a diferen a, no sentido dado por Deleuze. Novas perguntas, oriundas das teoriza es queer ou pedagogia queer, produzem a diferen a nas práticas escolares, ao demonstrar os limites do nosso sistema de inteligibilidade quanto aos corpos, ao sexo e às rela es de gênero. As quatro personagens/interven es contêm um potencial reflexivo capaz de afetar a escola pelo (des)conhecimento, fazendo-a experimentar o n o saber por meio de novas perguntas, capazes de colocar em xeque os sistemas normativos prevalecentes.