Raymond Aron e a sociologia das rela es internacionais Raymond Aron and the sociology of International Relations

O pensamento internacional e estratégico de Raymond Aron é indissociável da sua própria filosofia crítica da história, nos termos em que a concebeu nos anos de 1930, após ter passado uma temporada na Alemanha. Marcado pelo filósofo pacifista Alain, Aron converte-se ao realismo que é posto à prova pelas guerras do século xx. N o se deve contudo assimilar Aron sem mais nem menos ao estrito realismo anglo-americano de Hans Morgenthau e Kenneth Waltz. Oposto à constru o de uma teoria geral das rela es internacionais assente na modeliza o, é arauto de uma sociologia histórica de inspira o weberiana, procurando tornar intelegível a cena internacional na complexidade que lhe é própria. Raymond Aron’s international and strategic thought is inextricably linked to his own critical philosophy of history, as he conceived it in the 1930s, after spending a period of time in Germany. Influenced by pacifist philosopher Alain, Aron is converted to realism, which is put to the test by the 20th century wars. It is not advisable, however, to associate Aron tout court to the strict Anglo-american realism of Hans Morgenthau and Kenneth Waltz. Against the construction of a general theory of International Relations based on model-building, he is the harbinger of a historical sociology of Weberian inspiration, seeking to render the international scene intelligible in its peculiar complexity.