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O discurso organizacional como um instrumento de controle: a (des)constru o de identidades sociais em uma montadora do ABC paulista [doi: 10.5329/RECADM.20121102007]DOI: 10.5329/1167 Abstract: A presente pesquisa teve como objetivo investigar os mecanismos de controle organizacional utilizados por uma montadora localizada no ABC Paulista. Elegeu-se como objeto de análise o discurso organizacional, entendido como uma forma de controle ideológico e psicossocial que tem implica es no pensar, sentir e agir dos atores envolvidos. A popula o da pesquisa foi constituída de dezenove trabalhadores, sendo: cinco dirigentes, dez mensalistas e quatro membros da Comiss o de Fábrica. Num primeiro momento do processo de coleta de dados executivos da empresa foram entrevistados, visando a identifica o de padr es de comportamento esperados (identidades pressupostas) no discurso desses representantes da empresa. Num segundo momento, trabalhadores foram entrevistados buscando avaliar a absor o desse discurso. Por fim, uma entrevista coletiva com membros da Comiss o de Fábrica foi realizada para verificar a existência de um discurso alternativo ao dos executivos. Os resultados possibilitaram evidenciar: a) um conjunto de características desejáveis nos trabalhadores por parte da organiza o, sintetizado no que chamaremos de Discurso das Competências, cuja categoria social colaborador desempenha um papel central; b) a absor o desse discurso por parte dos trabalhadores; c) a existência de discurso alternativo apresentado pela Comiss o de Fábrica, sintetizado pela categoria social companheiro. Palavras-chave Organiza es, controle, identidade, discurso. ORGANIZATION DISCOURSE AS A MECHANISM OF CONTROL: THE (DE)CONSTRUCTION OF SOCIAL IDENTITIES IN AN AUTOMOBILE MULTINATIONAL COMPANY ABSTRACT This paper is the result of a research carried out in an automobile multinational company, whose aim was to analyze organizational control strategies. The organization’s discourse was the target of the investigation. It was understood as an a ideological and psychosocial mechanism of control, aiming to determining the ways in which workers think, fell and act upon the reality. Nineteen workers were interviewed, including: five managers, ten clerks and four Factory Committee members. Thus, the data gathering was composed by the following stages: firstly, managers were interviewed in order to verify the existence of a discourse connected to a presupposed identity; secondly, employees were interviewed in order to check the internalization of managers’ discourse; thirdly, a collective interview was carried out with Factory Committee members to verify the existence of an alternative discourse concerned to the workers identity. The result of the analyses reveals: a) a set
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