|
A quest o da tradi o em Monteiro Lobato: breve comentário à margem de Urupês / The issue of tradition in Monteiro Lobato: a brief comment on UrupêsKeywords: Monteiro Lobato , Urupês , tradi o , modernidade , periodiza o literária , Monteiro Lobato , Urupês , tradition , modernity , literary periodization Abstract: Partindo da conturbada rela o de Monteiro Lobato com o grupo modernista, pretende-se discutir, tomando por base o livro de contos Urupês, como o autor, no papel de criador e empreendedor cultural, captou um momento preciso e conflituoso do processo de moderniza o do Brasil, flagrando, no interior, situa es de decadência e morte que indicariam antes um choque entre uma tradi o agonizante e uma moderniza o conservadora. Nesse sentido, a periodiza o literária, ao colocar Lobato como pré-modernista, tenderia a desvalorizar sua obra face aos avan os vanguardistas dos modernistas, quando de fato Lobato nunca quis ser modernista, sem por isso deixar de ser moderno em sua vis o da realidade sócio-econ mica e cultural do país, pois teria percebido um vácuo entre o declínio da tradi o e o que vislumbrava como modernidade. Nesse vácuo movimentam-se suas personagens decadentes e sem lugar no processo de moderniza o do país.From the troubled relationship between Monteiro Lobato and the modernist group, we intend to discuss, based on the storybook Urupês, how the author as a designer and cultural entrepreneur, captured a precise and contentious moment of the process of modernization in Brazil , having caught, from the inside, situations of decay and death that would indicate a clash between an agonizing tradition and a conservative modernization. In this sense, the literary periodization, when setting Lobato as pre-modernist, tends to depreciate his masterpiece against the advances of the modernists, when in fact Lobato never wanted to be modernist without thereby ceasing to be modern in his vision of the socio-economic and cultural reality of the country as he perceived a gap between the decline of tradition and what he envisioned as modernity. In this vacuum his decadent characters wander and with no place in the process of modernization of the country.
|