As especificidades do brincar de crian as com transtorno invasivo do desenvolvimento: a conquista gradual da capacidade simbólica

Introdu o: O autismo come ou a ser estudado por Leo Kanner, psiquiatra americano, na década de 1940 e atualmente está classificado segundo DSM-IV, como Transtorno Global de Desenvolvimento, ou ainda como Transtorno Invasivo do Desenvolvimento pelo CID-10. Porém, suas causas ainda n o s o claras e há uma dificuldade no diagnóstico, o que levou muitos enganos, erros de tratamento e cuidados maiores para com os portadores. Este distúrbio caracteriza-se por isolamento, distúrbios de comunica o verbais e n o-verbais, necessidade de imutabilidade (a exemplo das estereotipias), respostas perturbadas a estímulos sensoriais, anomalias motoras, afetos inadequados, distúrbios do desenvolvimento, entre outros. No município de Assis, o Projeto Fênix, fundado em 2005, tem por finalidade oferecer atendimento para pessoas com transtornos invasivos do desenvolvimento, realizando atividades acadêmicas, de música, pintura, educa o física e pré-oficinas, com o objetivo de amenizar os desvios presentes nestas pessoas, auxiliar e apoiar suas famílias e difundir o conhecimento sobre o autismo. Objetivos: O presente projeto de extens o tem por objetivo favorecer o desenvolvimento da capacidade cognitiva e emocional de crian as com transtornos invasivos do desenvolvimento por intermédio de atividades lúdicas interativas. Métodos: Partindo das observa es realizadas semanalmente em 2008, a montagem da brinquedoteca foi planejada de forma a atender as necessidades principais das crian as participantes do projeto. Foram atendidas sete crian as divididas em dois grupos, sendo que cada grupo participa da brinquedoteca duas vezes por semana em sess es de cinqüenta minutos. Resultados: Até o momento, dentre os resultados observados, pode-se destacar que as tendências iniciais das crian as se resumiam a aproximar-se dos brinquedos de forma estereotipada e, posteriormente, com o desenrolar das atividades evidencia-se uma amplia o de suas capacidades simbólicas, representadas pelo brincar mais diversificado, coletivo e com maior intera o uns com os outros e com as estagiárias. Outro fator observado é que a amplia o da capacidade lúdica da crian a melhora sua intera o favorecendo a implanta o de propostas de inclus o escolar. Palavras-chaves: brincar, autismo, crian a.