Níveis de proteína bruta em dietas para bovinos de corte: parametros ruminais, balan o de compostos nitrogenados e produ o de proteína microbiana

RESUMO Avaliaram-se o pH e a concentra o de am nia ruminal (N-amoniacal), a taxa de passagem, o balan o de compostos nitrogenados e a produ o de proteína microbiana em novilhos Holandês x Zebu alimentados com dietas contendo quatro níveis de proteína bruta (10,5; 12; 13,5 e 15%), com base na matéria seca. As dietas foram constituídas de 65% de feno de capim-tifton 85 e 35% de concentrado. Foram utilizados quatro bovinos castrados fistulados no rúmen e abomaso, com peso vivo médio inicial de 487,3 kg, distribuídos em um quadrado latino 4 x 4. Cada período experimental teve dura o de 20 dias: dez para adapta o às dietas e dez para coletas. O pH e N-amoniacal foram mensurados no fluido ruminal imediatamente antes e 2, 4, 6 e 8 horas, após o fornecimento da dieta. A taxa de passagem foi determinada pelo modelo unicompartimental, utilizando-se óxido de cromo como indicador. Para determina o da produ o de proteína microbiana, utilizaram-se as bases purinas (RNA) no abomaso como indicador microbiano. A concentra o de am nia e o pH ruminal foram influenciados pelos tempos de coleta, estimando-se valores máximos de 17,43 e 6,54 mg/dL, às 3,62 e 4,17 horas após a alimenta o, respectivamente. A taxa de passagem da digesta n o foi afetada pelas dietas, registrando-se valor médio de 3,69%/h. Os fluxos de compostos nitrogenados no abomaso e a eficiência de síntese microbiana também n o foram afetados pelos níveis de proteína bruta das dietas, ao passo que o balan o de nitrogênio, expresso em g/dia, aumentou linearmente com o incremento de proteína bruta.