O Fen meno da Empresariza o e a Busca por Alternativas na Produ o, Comercializa o e Distribui o da Música no Brasil como Formas de Resistência

Com o presente artigo, objetiva-se analisar novas formas possíveis de produ o, comercializa o e distribui o da música como possibilidades de resistência às práticas hegem nicas, tradicionalmente, exercidas pelas grandes gravadoras, tendo como pano de fundo algumas experiências existentes no ambito do mercado fonográ co brasileiro. A crise que o mercado fonográ co enfrenta desde o nal da década de 90 e que está, intimamente, ligada a mudan as de ordem tecnológicas, possibilitou novas alternativas de produzir e comercializar a música as quais fogem ao modelo dominante estabelecido pelas organiza es tradicionalmente hegem nicas nessa indústria. Assim, s o apresentados e analisados, neste trabalho, exemplos de organiza es ligadas à música que oferecem algum grau de resistência ao modelo estrutural dominante, sendo elas compreendidas pelos autores como organiza es de resistência. Conclui-se que as formas organizacionais exempli cadas apresentam características estruturais especí cas que nos permite considerá-las como formas de resistência ao modelo empresarial de organiza o. ----- The Phenomenon of Enterprisation and the Search for Alternatives in the Production, Commercialization and Distribution of Music in Brazil as Forms of Resistance ----- ABSTRACT ----- The aim of this paper is to discuss new forms of production, commercialization and dis- tribution of music as possibilities of resistance to hegemonic practices traditionally used by major labels, through the presentation of some cases in the Brazilian music industry. The crisis that the music industry has been facing since the late 90’s and which is closely linked to changes in the nature of technology has made new alternatives possible to produce and commercialize the music. Examples of music-related organizations that offer some degree of resistance to the dominant structural model understood by the authors as organizations of resistance, are presented and analyzed. The conclusion is that the organizational forms exempli ed present speci c structural features, which allow us to consider them as forms of resistance to the business model of organization.