|
Os discursos acerca das drogas e os idiomas experienciais de consumidores na cidade do Rio de Janeiro: apontamentos sobre a continuidade e descontinuidade no consumo de drogas Los discursos acerca de las drogas y los idiomas experienciales de los consumidores en la ciudad de Rio de Janeiro: apuntes sobre la continuidad y discontinuidad en el consumo de drogas The discourses about the drugs and the experiential languages of the consumers in the city of Rio de Janeiro: notes on continuity and discontinuity inKeywords: Consumidores de drogas , Mercado de drogas , Idiomas experienciales , Contexto relacional , Transmisión del conocimiento , Consumidores de drogas , Mercado de drogas , Idiomas experienciais , Contexto relacional , Transmiss o do conhecimento , Drug users , Drug market , Experiential languages , Relational context , Transmission of knowledge Abstract: é muito comum, ao se falar do uso de drogas, a referência à Psicologia ou ao Direito para dar conta dos aspectos que cercam o consumo e o comércio de drogas. Surgem daí categorias como "dependente químico", "usuário" e "traficante" que muitas vezes s o utilizadas de forma naturalizada, sem qualquer referência tanto ao contexto em que foram elaboradas como ao contexto da a o que pretendem explicar. Dessa forma, elas surgem como se fossem categorias analíticas absolutas, existindo a priori de qualquer rela o social. Neste trabalho, exponho dados de alguns contextos relacionais de consumidores de drogas aos que tive acesso, na tentativa de apresentar os idiomas experienciais mobilizados por eles para participarem do mercado de drogas. A partir dessa descri o, mostrarei situa es em que alguns deles colocam em quest o o próprio consumo, criando-se a possibilidade de reconfigura o da participa o no mercado de drogas, influenciando a continua o, ou n o, do consumo de drogas. Es muy común, al hablar del uso de drogas, la referencia a la Psicología o al Derecho para dar cuenta de los aspectos que cercan al consumo y al comercio de drogas. Surgen de ahí categorías como "dependiente químico", "usuario" y "traficante" que muchas veces son utilizadas de manera naturalizada, sin ninguna referencia, ni al contexto en el que fueron elaboradas, ni al contexto de acción que pretenden explicar. De esa forma, ellas surgen como si fueran categorías analíticas absolutas, existiendo a priori de cualquier relación social. En este trabajo, expongo datos de algunos contextos relacionales de consumidores de drogas a los que tuve acceso, en el intento de presentar los idiomas experienciales por ellos movilizados para participar del mercado de drogas. A partir de esa descripción, mostraré situaciones en que algunos de ellos ponen en cuestión al propio consumo, creándose la posibilidad de reconfiguración de la participación en el mercado de drogas, influyendo en la continuación, o no, de su consumo. It is very common to talk about drug use with the reference to Psychology or Law to tackle the issues surrounding the consumption and trade of drugs. For that reason, categories such as "addict"; "user"; and "dealer"; are often used in a naturalized way, without any reference both to the context in which they were drawn as to the context of action that account. Thus, they appear as if they were absolute analytical categories. In this paper I present data from some relational contexts of drug users who had access, in an attempt to present the experiential language deployed by them
|