Varia？？es nos teores de carbono organico em fun？？o do desmatamento e revegeta？？o natural do solo

A flutua？？o no conteúdo de matéria organica do solo é severamente afetada pelo uso e manejo do solo. Em solos física e quimicamente frágeis a destrui？？o da vegeta？？o nativa pode levar a diminui？？o drástica do estoque de carbono. No entanto, solos jovens que apresentam alta resiliência, quando manejados adequadamente, podem recuperar facilmente os valores originais de carbono. O objetivo deste trabalho foi quantificar os teores de carbono organico de um Neossolo e um Chernossolo em decorrência de seu uso, em especial após o desmatamento e revegeta？？o natural. Coletaram-se amostras de duas camadas (0-5 e 5-15 cm) em dois solos (Neossolo e Chernossolo) ocorrentes numa pequena bacia hidrográfica com relevo fortemente ondulado, com quatro condi？？es de uso (mata nativa, lavoura nova, lavoura velha e revegeta？？o com capoeira). Avaliaram-se a distribui？？o granulométrica, a densidade do solo e os teores de carbono organico. Os dados foram submetidos à análise estatística considerando um delineamento inteiramente casualizado, num esquema trifatorial (tipos de solos, tipos de usos e camadas amostradas). O estoque de carbono do solo diminuiu após o desmatamento para a inastala？？o de culturas anuais com baixa adi？？o de resíduos e revolvimento intenso do solo. A revegeta？？o natural das áreas degradadas pelo cultivo convencional recuperou rapidamente o estoque de carbono dos solos, mesmo permanecendo as impress？es herdadas da eros？o (menor teor de argila) e da aplica？？o de fertilizantes e corretivos (menor acidez potencial e maior disponibilidade de fósforo e potássio)