|
- 2017
Sete alertas saudáveis para as humanidades: um breve vislumbre da faceta mais trágica das artes liberais hojeDOI: https://doi.org/10.5007/2175-7917.2017v22n1p151 Keywords: Ensino Superior, Humanidades, Intelectualidade, Vida no Campus, Desafios Políticos Abstract: Uma dizima??o das artes liberais está em curso. O estudo das humanidades tem declinado acentuadamente em todo o mundo na última década, e isso vem seguido de uma combina??o terrível de crises internas e externas. Por um lado, a queda no financiamento e a ascens?o da tecnologia e dos negócios est?o desempenhando um papel vital nessa ruína; por outro, a própria alma das artes e dos estudos culturais está cada vez mais distante dos valores centrais do pensamento liberal. Os departamentos de humanas est?o sendo invadidos pela cultura da vitimiza??o, modelos pedagógicos disfuncionais e um sério enfraquecimento do bem comum e da liberdade de express?o. Resgatar as humanidades deste atoleiro n?o é tarefa fácil, mas é algo que precisa ser feito logo, pois a supremacia da ciência e da tecnologia n?o é uma garantia de direitos naturais a nenhuma na??o. Nesse sentido, o objetivo deste ensaio é tra?ar um breve panorama das principais raz?es pelas quais as humanidades caíram em desgra?a. Olhando especialmente para os fatores internos de autossabotagem, sete alertas saudáveis ser?o discutidos como incentivos para a tomada de decis?es nos departamentos. Sobretudo, n?o limitar a análise da natureza e dos assuntos humanos ao relativismo epistemológico pós-moderno e às teorias construtivistas radicais já significaria um pequeno avan?o. Mas mudan?as mais drásticas precisam ser feitas. A área de Humanidades precisa se livrar, entre outras coisas, de sua rigidez institucional e das vicissitudes de ideologias redentoras. Um currículo mais diversificado e um quadro docente mais politicamente equilibrado têm de ser perseguidos. E o método socrático de ensino-aprendizagem poderia funcionar como um antídoto para o mal-estar disciplinar na academia atual
|