Memórias de índio: uma leitura humanizadora da literatura indígena de Daniel Munduruku

O artigo em quest？o pretende compor uma análise da fun？？o humanizadora da literatura indígena tendo como objeto específico de trabalho a obra Memórias de índio: uma quase autobiografia de Daniel Munduruku. O autor e professor paraense pertence ao povo Munduruku, que, até o século XIX, ocupava o Vale do Tapajós de forma dominante. Esta na？？o indígena, hoje, luta para manter-se na regi？o e preservar sua tradi？？o guerreira. Objetiva-se articular considera？？es acerca do caráter autobiográfico e, ao mesmo tempo, ficcional da obra e elaborar uma reflex？o acerca do papel da literatura indígena no ambito social e de sua rela？？o com o conceito de humaniza？？o proposto por Antonio Candido em alguns de seus textos. Busca-se problematizar a cristalizada condi？？o ordinária que esta escrita parece ocupar em compara？？o a literaturas produzidas no contexto ocidental e ressaltar a relevancia dos referidos textos para a difus？o e conhecimento desta pluricultura meramente denominada cultura indígena