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Ellipsis 2011
Nuvens invisíveis. A poética da latência e da nuance no conto “Nenhum, Nenhuma” de Jo o Guimar es RosaKeywords: Jo o Guimar es Rosa , Primeiras estórias , latência , nuance Abstract: Este texto prop e os conceitos “latência” e “nuance” para descrever o efeito de suspens o criado pela fic o de Jo o Guimar es Rosa. No primeiro momento, definem-se os termos “latência” e “nuance” em rela o à imagem das nuvens. Como matéria em suspenso sempre mutável, é impossível inscrever o movimento das nuvens em uma forma fixa, a n o ser que se crie uma escrita latente, apta a captar a nuance das formas em morfose. Em seguida, analisa-se o conto “Nenhum, Nenhuma”, de Primeiras Estórias (1962), como uma pequena obra-prima da latência, mostrando que passado, presente e futuro se materializam simultaneamente na imagem enigmática que se busca entender: “nuvens s o para n o serem vistas;” imagem que parece delinear o inconsciente de uma sensibilidade estética pós-1945.
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