Cinema e cinismo: distor es performativas e frui es contemporaneas em Michael Haneke

Neste artigo parto da ideia de que Michael Haneke em A fita branca (Das Wiesse band, 2009) realiza distor es performativas a partir de modos cínicos de enuncia o ancorados sensivelmente por uma perspectiva historicista para compor sua usual distribui o sádica de saber. Ao abordar o tema de uma gera o que provavelmente se tornaria parte da juventude hitlerista, o filme exp e personagens e situa es cujas formas de vida pressup em uma naturaliza o germanica do mal, ao mesmo tempo em que, a partir de um jogo de sugest es, n o se compromete com esta mesma tese, o que contribui para a qualidade enigmática do filme e para a confus o do espectador. In this article I start from the idea that Michael Haneke in The white ribbon (Das Wiesse band, 2009) performs performative distortions through cynical modes of enunciation substantially anchored by a historicist perspective, to make his usual sadistic distribution of knowledge. Approaching the issue of a generation that would probably become part of the Hitler youth, the film presents characters and situations whose forms of life require a germanic naturalization of evil, while, at the same time, from a set of suggestions, doesn’t compromise itself with this same thesis, which contributes to the enigmatic quality of the film and the confusion of the viewer.