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Bioacumula o de Mercúrio em Quatro Espécies de Peixes Tropicais Oriundos de Ecossistemas Estuarinos do Estado do Rio de Janeiro, BrasilKeywords: Baía de Guanabara , Baía da Ribeira , Genidens genidens , Micropogonias furnieri , Haemulon steindachneri Abstract: A bioacumula o de mercúrio foi investigada em quatro espécies de peixes (Genidens genidens, Aspistor luniscutis, Haemulon steindachneri e Micropogonias furnieri) oriundos da Baía da Ribeira e Baía de Guanabara (Estado do Rio de Janeiro). Para tanto, foram coletadas 198 e 83 amostras de músculos de peixes da Baía da Ribeira e Baía de Guanabara, respectivamente. O teor de mercúrio nessas amostras foi determinado por absor o at mica, acoplada a um acessório de pirólise. Aspectos biométricos (biomassa e comprimento) dos espécimes coletados foram aferidos para confec o de curvas de bioacumula o. Os teores médios de mercúrio em G. genidens revelaram que, comparativamente à Baía da Ribeira, a espécie apresentou níveis maiores de mercúrio na Baía de Guanabara. Na Baía da Ribeira, dentre as espécies estudadas, as maiores concentra es de mercúrio foram encontradas para a espécie H. steindachneri, que apresentou teor médio mais próximo ao limite estabelecido pela Organiza o Mundial de Saúde (500 ng/g) para consumo humano. Embora o lan amento de Hg na Baía da Ribeira n o seja expressivo, o mercúrio parece estar mais disponível para os peixes comparativamente à Baía de Guanabara, onde os sedimentos atuam como o compartimento ambiental receptor. Qualquer altera o das condi es físico-químicas na Baía de Guanabara pode fazer com que o Hg estocado nos sedimentos superficiais seja biodisponibilizado. De modo análogo, caso haja um input maior de Hg na Baía da Ribeira, este seria rapidamente assimilado pela biota. As curvas de bioacumula o obtidas neste trabalho podem auxiliar no prognóstico da concentra o de mercúrio em músculo dessas espécies de peixes ao longo do tempo somente com os dados biométricos.
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