Gest o e reifica o dos homens do mar

O homem constitui-se como homem porque é capaz de produzir seus meios de sobrevivência, dentre os quais o trabalho tem lugar central na constitui o da sociedade. é por meio dele que os homens “dominam” a natureza e colocam-se na posi o de senhores diante dela. A pesca artesanal pode ser considerada uma atividade “secundária” nos interesses de acumula o do capital e é justamente por isso que o estudo da comunidade dos pescadores artesanais da cidade de Matinhos, estado do Paraná, configura-se um dos locais privilegiados para se verificar como o trabalho (englobando a divis o do trabalho, a tecnologia e a forma de gest o) e a mercadoria (englobando a propriedade privada e o fetiche da mercadoria) se constituem nas múltiplas determina es do real e est o relacionadas ao processo de reifica o social. Assim, o objetivo deste trabalho é compreender como ocorre o processo de reifica o dos pescadores artesanais, pela análise das categorias definidas como múltiplas determina es do real, tendo em vista sua inser o econ mica e sua exclus o social no sistema de capital. A base teórica do trabalho é constituída de autores como Marx, Lukács, Adorno, Faria, Horkheimer e Meszáros, entre outros. Esta é uma pesquisa qualitativa em uma comunidade de pescadores artesanais. Foi possível verificar na pesquisa que a reifica o, entre os pescadores mais jovens, dá-se pelo conjunto dos elementos (relacionados ao trabalho e à mercadoria) responsáveis pela transforma o do sujeito em instrumento do capital. é a transforma o da condi o de produtor para a de mercadoria, com todas as suas propriedades. A reifica o está relacionada, ainda, ao trabalho alienado e, apesar da tendência hegem nica do sistema capitalista de produ o, é possível identificar resistências em rela o a esse processo de reifica o.