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Incerteza, racionalidade limitada e comportamento oportunista: um estudo na indústria brasileira.Keywords: Custos de transa o , Incerteza , Racionalidade limitada , Especificidade , Comportamento oportunista. Abstract: A proposta deste estudo foi entender o comportamento oportunista a partir dos conceitos incerteza, racionalidade limitada e especificidade de ativos. Para tal, um modelo teórico foi proposto e testado, em que se operacionalizou a especificidade segundo os ativos dedicados, os ativos físicos e os ativos humanos, em conformidade com os trabalhos Anderson e Schmittlein (1984), Carson, Madhok e Wu (2006) e Skarmeas, Katsikeas e Schlegelmilch (2002), ancorados na teoria dos custos de transa o (TCT). O comportamento oportunista foi operacionalizado a partir dos indicadores propostos por Carson, Madhok e Wu (2006). A racionalidade limitada foi estudada na perspectiva de Simon (1957, 1980), e a operacionaliza o do constructo incerteza se amparou nos trabalhos de Knight (2002), Duncan (1972), Gordon e Narayanan (1984), Milliken (1987) e Milliken (1990). Os dados coletados junto a 111 gestores da indústria de transforma o no Brasil, selecionados na base da Federa o das Indústrias do Estado de S o Paulo (Fiesp), foram submetidos à modelagem por equa es estruturais. Os resultados apontam que a racionalidade limitada e a especificidade dos ativos influenciam positivamente o comportamento oportunista dos agentes econ micos, confirmando os argumentos da teoria dos custos de transa o, ou seja, quanto maior a especificidade dos ativos, menores as possibilidades de reaproveitamento do investimento, tornando a continuidade do relacionamento valiosa e alvo potencial de a es oportunistas. Os resultados também confirmaram a multidimensionalidade do constructo incerteza, refor ando os argumentos teóricos da perspectiva da incerteza da informa o. Tal constata o, aliada às defini es de Simon (1957, 1980), possibilitou a operacionaliza o do constructo racionalidade limitada a partir da incerteza de efeito e da incerteza de resposta, bem como a constata o da importancia dessa premissa na explica o da existência dos custos de transa o. Nesse sentido, os resultados abrem um leque de possibilidades e contribuem significativamente para o avan o dos estudos empíricos no campo da TCT.
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