Cartografia social das crian as e adolescentes ribeirinhas/quilombolas da Amaz nia

A cartografia social, como meio técnico, busca registrar relatos e as representa es sócio-espaciais no processo de auto mapeamento, além de identificar situa es de conflitos na forma de uso do território pelas comunidades tradicionais. A confec o de mapas situacionais com crian as e adolescentes ribeirinhas e quilombolas apresentou tra os singulares entre a pluralidade identitária, tais como as formas de intera o com o meio ambiente, a atividade produtiva da família e a luta por acesso a educa o. Tal processo se insere numa dinamica mais geral da vida envolta pela natureza Amaz nica e das dificuldades de assegurar a reprodu o social do grupo. Nesse caso, a territorialidade desses grupos, particularmente, expressa as rela es socioculturais que s o apontados e redesenhadas pelas próprias crian as e adolescentes nos mapas situacionais. No desenvolvimento deste artigo trataremos da representa o social do território das crian as e adolescentes dos municípios paraenses de Abaetetuba, Cametá, Mocajuba, Limoeiro do Ajuru e Igarapé Mirí, todos localizados no baixo rio Tocantins, regi o atingida pela Barragem da Hidrelétrica de Tucuruí. Na confec o do mapa situacional, do ponto de vista técnico, quatro etapas processuais foram adotadas: produ o de croquis, georeferenciamento dos elementos socioculturais, adapta o gráficas dos croquis e a confec o final do mapa. O uso da cartografia social pelos movimentos sociais tem se firmado na capacidade de instrumentalizar a contra argumenta o política, principalmente, na medida em que avan am os interesses de agentes externos sobre os seus territórios de uso tradicional, além de adotar o produto da cartografia social como documento de reivindica o de políticas públicas, de planejamento e de base para a autogest o do território.