Estudo eletropalatográfico de fones nasais em indivíduo com fissura labiopalatina Electropalatography of nasal phones produced by an adult with cleft lip and palate

Esse estudo tem como objetivo descrever o padr o de contato entre a língua e o palato para um falante com fissura labiopalatina, na produ o de fones consonantais nasais do português comparando-o a um falante sem altera es articulatórias. Por meio da eletropalatografia, s o examinados os fones consonantais nasais [m], [n], [ ] no ponto de máxima constri o, verificando a regi o articulatória dessa constri o, por meio dos palatogramas fornecidos pelo programa de análise. Tais dados foram obtidos de um falante com altera es de fala em decorrência da fissura labiopalatina e de outro sem tais altera es, para efeito de compara o. Todos os fones analisados, produzidos pelo falante com fissura, mostraram varia es quanto à regi o articulatória em que ocorreu a constri o, em rela o ao falante normal. No fone [m] ocorreu simultaneamente oclus o labial e lingual, com amplo contato, quando o que se espera é coprodu o com a vogal que se segue; no fone [n] houve recuo da língua, com constri o na regi o palatal; e no fone [ ] a constri o ocorreu em uma regi o mais anteriorizada, em rela o ao falante normal, isto é, com avan o da língua. Tais produ es consonantais eram percebidas auditivamente como distor es, mas n o havia uma caracteriza o clara dos ajustes articulatórios usados na sua produ o. Os fones nasais podem apresentar-se alterados na fala de indivíduo com fissura palatina, sendo a eletropalatografia um recurso tecnológico que possibilita a observa es detalhada dessas altera es na fala. This study has the aim of describing the pattern of contact between the tongue and the palate comparing a cleft lip′s speaker in producing nasal consonants phones in Portuguese with a speaker with no articulatory alterations. Through electropalatography, it is examined the nasal consonant phones [m], [n] [ ] at the point of maximum constriction, checking the region of articulatory constriction, through palatograms provided by the program of analysis. These data were obtained from a speaker without speech disorder and a speaker with sequel of cleft lip and palate, in order to compare. All the analyzed phones produced by the speaker with cleft showed variations in the region in which articulatory constriction occurred, in relation to the normal speaker. On the phone [m] there was contact between the tongue and the palate, even in case of a bilabial phone; on the phone [n], there was a retreat of the tongue and a constriction in the palatal region and on the phone [ ], the constriction occurred in a more anterior region in relation to the normal speaker, that is,