Hipermetropia após ceratotomia radial: flutua o da refra o e da acuidade visual entre manh e tarde e correla es com a press o ocular e o estado biomecanico da córnea Hyperopia after radial keratotomy: fluctuation of refraction and visual acuity from morning to evening and correlations with intraocular pressure and corneal biomechanics

OBJETIVO: Verificar as varia es entre manh e tarde da refra o, da acuidade visual, das medidas da press o ocular e dos parametros biomecanicos da córnea em pacientes operados de ceratotomia radial e interesse em retratamento refrativo; correlacionar os parametros biomecanicos da córnea com a refra o, com a acuidade visual e com as suas varia es. MéTODOS: Foram examinados trinta e oito olhos de 19 pacientes pela manh (9 am) e à tarde (6 pm), obtendo-se refra o esfero-cilíndrica dinamica, acuidade visual (logMAR) sem corre o (AVsc) e corrigida (AVcc) e parametros do ORA (Ocular Response Analyzer): histerese corneana (corneal hysteresis - CH), fator de resistência da córnea (corneal resistance factor - CRF), press o intraocular (intraocular pressure &- IOP) calibrada para o padr o Goldmann (IOPg) e press o compensada da córnea (IOPcc). Considerando a n o distribui o normal das variáveis (teste de Kolmogorov-Smirnov), o teste de Wilcoxon signed rank foi utilizado para verificar significancia nas diferen as entre as medidas da manh e as da tarde de cada variável. O teste de Spearman foi utilizado para verificar correla es das medidas do ORA com o estado refracional e com a acuidade visual pela manh e à tarde, assim como para verificar as correla es entre as medidas do ORA pela manh e à tarde e as varia es da refra o e da acuidade visual. RESULTADOS: Grau esférico (E), equivalente esférico (EE), equivalente desfoco (ED), AVsc, IOPcc e IOPg variaram significativamente (Wilcoxon, p<0,05) entre manh e tarde, havendo maior hipermetropia, pior acuidade visual n o corrigida, maior press o ocular e menor CH pela manh . Nas medidas pela manh , observaram-se correla es positivas (Spearman, p<0,05) do EE e do ED com IOPcc (rs=0,39 e 0,34 respectivamente), mas n o com IOPg. Nas medidas da tarde, n o houve correla es significantes entre os parametros refracionais e os pressóricos. Observaram-se correla es negativas (Spearman, p<0,05) entre AVsc (logMAR) e CH pela manh e à tarde (rs= -0,48 e rs= -0,51), entre E e CH pela manh e à tarde (rs= -0,66 e -0,76), entre E e CRF pela manh e à tarde (rs= -0,40 e -0,47), entre EE e CH pela manh e à tarde (rs= -0,70 e -0,68), entre EE e CRF pela manh e à tarde (rs= -0,41 e -0,46), entre ED e CH pela manh e a tarde (rs= -0,64 e -0,54) e entre ED e CRF pela manh e a tarde (rs= -0,35 e -0,34). Observou-se correla o significante e negativa do CRF pela manh com a varia o do ED (p = 0,05; rs = -0,30) e com a varia o da AVsc (p = 0,04; rs = -0,33). CONCLUS O: Maior hipermetropia pela manh foi associada a maior