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VALORIZA O E RECONHECIMENTO DE PRáTICAS ECOTURíSTICAS COMO VETORES DE APROPRIA O DAS PAISAGENS NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPó-MGAbstract: Palavras-Chave : Unidades de Conserva o; Valoriza o Ecoturística; Planejamento Territorial. O desenvolvimento de atividades voltadas para o Ecoturismo ou Turismo Cultural (UNAT, 2002) favorece a abertura dos espa os de natureza (Grenier, 2000, 2002) onde a paisagem tem uma fun o de mediadora entre as novas formas de valoriza o e os territórios. Isto faz com que as paisagens apropriadas e valorizadas pelo ecoturismo se insiram na nova economia cultural do espa o, no qual o debate contemporaneo n o cansa de testemunhar (Crang, 1997; Cosgrove, 1998 ; Terkenli, 2002, 2006). O presente artigo pretende colocar em evidência os processos de apropria o das paisagens, de uma parte, institucionalizadas através das Unidades de Conserva o, e de outra parte, como conseqüência de sua ressignifica o a partir das dinamicas de valoriza o interna e periférica do ecoturismo, na qual estes territórios s o objeto. Nós escolhemos como estudo de caso o Parque Nacional da Serra do Cipó, localizado a sudeste do Estado de Minas Gerais, na por o meridional da Reserva da Biosfera “Serra do Espinha o”. Partimos de uma abordagem voltada para a Geografia das Representa es para compreender e explicar as representa es dos grupos de atores institucionais (Parque Nacional Serra do Cipó, Reserva da Biosfera Serra do Espinha o, Governo do Estado de Minas Gerais, Projeto Estrada Real e Operadores de Ecoturismo) e suas formas de planejamento e gest o do ecoturismo que dinamizam as paisagens a partir de novos valores inseridos neste. A Serra do Cipó faz parte de uma estratégia de gest o para conserva o e preserva o de paisagens ditas fundamentais , de grande valor estético, biológico e cultural. Seu território, marcado por uma descontinuidade nos níveis de prote o, é orientado para um objetivo comum de valoriza o das características naturais e culturais e como recurso patrimonial de importancia local/internacional. Esta valoriza o se realiza a partir de diferentes níveis de exposi o para e pelo ecoturismo, fator de produ o de novos territórios. De que maneira o atual planejamento da atividade ecoturística n o se encontra em vias de construir paisagens espetáculos a partir das atuais muta es nas formas, valores e usos na paisagem ? Nós assistimos, portanto, a uma constru o social de novas identidades a partir de uma revaloriza o da natureza e cultura para fins de ecoturismo. Entramos na nova economia cultural do espa o com a emergência da renegocia o cultural e da reinterpreta o de novos modelos de paisagem nas Unidades de Conserva o (PARNA, APA) e de suas dinamic
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