%0 Journal Article %T "El guarani que viene a mim, hormiga, thai?": a escrita alternativa e o saber situado em Mar paraguayo %A Ana L¨²cia Liberato Tettamanzy %A Paloma de Melo Henrique %J - %D 2017 %X A obra Mar paraguayo (1992), de Wilson Bueno, revela-se desconcertante se examinada no conjunto da prosa recente da literatura brasileira, na medida em que traz elementos fora do comumente previsto, muito por conta de sua linguagem, que mistura l¨ªnguas (portugu¨ºs, espanhol, guarani) e n£¿o se encaixa em modelos pr¨¦-estabelecidos. Essas quest£¿es envolvem o fato de a personagem narradora ser uma prostituta paraguaia de origem Guarani, que realiza seu discurso oralizado em portunhol e na sua l¨ªngua materna, misturando elementos da cultura ocidental e da cultura ind¨ªgena, pouco valorizada numa sociedade ocidentalizada. Buscou-se respaldo na interculturalidade (WALSH, 2009) e na descoloniza£¿£¿o do pensamento (CUSICANQUI, 2010) como forma de reivindicar a pluralidade cultural apresentada na obra, dando destaque ¨¤ origem Guarani da personagem e ¨¤ forma situada geoculturalmente de pensar (KUSCH, 2007), mediada pelas emo£¿£¿es. Nesse sentido, considerou-se a obra como uma literatura escrita alternativa (LIENHARD, 1990), dado que apresenta elementos constituintes das identidades amer¨ªndiasPara os estudos liter¨¢rios, sinaliza para a possibilidade de integra£¿£¿o/intera£¿£¿o de saberes de ontologias relacionais (ESCOBAR, 2016), importantes para o enfrentamento de problemas que t¨ºm afligido o planeta, dadas as rela£¿£¿es de (con)viv¨ºncia entre os povos, entre os seres e desses com a natureza %K Mar paraguayo. Wilson Bueno. Guarani. Escrita alternativa. Interculturalidade. %U http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/boitata/article/view/32952