%0 Journal Article %T CAPACIDADE DE CARGA TUR¨ªSTICA: ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS? %A Heros Augusto Santos Lobo %A Ricardo Eust¨¢quio Fonseca Filho %A Valdecir Galv£¿o %J Revista Brasileira de Ecoturismo %D 2011 %I Sociedade Brasileira de Ecoturismo %X A capacidade de carga ¨¦ uma ferramenta de planejamento e gest o de atrativos tur¨ªsticos originada no manejo de pastagens agr¨ªcolas, com aplica es atuais em trilhas, praias, arrecifes de corais, ilhas, cavernas e rios, entre outros recursos naturais. Tamb¨¦m ¨¦ usada em atrativos hist¨®ricos, culturais e mesmo em destinos tur¨ªsticos. Partindo deste cen¨¢rio, foi executada uma primeira fase de uma pesquisa explorat¨®ria sobre o tema, baseada em dados secund¨¢rios em fontes bibliogr¨¢ficas e documentais. Os resultados preliminares demonstram que grande parte dos m¨¦todos de capacidade de carga se fundamenta no controle espa o-temporal da visita o, buscando identificar no ambiente vari¨¢veis que sirvam de parametro para a ado o de limites de uso, baseando-se, por exemplo, na varia o de um parametro em fun o da presen a humana. Todavia, poucos s o os casos onde se consegue estabelecer uma perfeita rela o de nexo causal entre a varia o e a presen a humana. Al¨¦m disso, a sazonalidade natural do ambiente raramente ¨¦ considerada, face ¨¤ restri o temporal da maioria das pesquisas aplicadas ¨¤ capacidade de carga. O resultado ¨¦ a ado o da capacidade de carga como uma mera ferramenta de controle do n¨²mero de visitas di¨¢rias, desvirtuando a maioria dos m¨¦todos (e.g. USFS, 1982; STANKEY et al., 1985; DRIVER, 1990; GRAEFE et al., 1990; GRAHAM, 1990; MANNING et al., 1995; MCCARTHUR, 1997; ROBERTS, 1997) e atendendo, quase que exclusivamente, a uma obrigatoriedade legal imposta por ¨®rg os fiscalizadores. Por outro lado, as propostas mais atuais de capacidade de carga remetem a um modelo amplo de procedimentos de planejamento e gest o, o que pode ser observado nos trabalhos de Washburne (1982), McCool; Lime (2001) e Lobo et al. (2010). Nesta nova abordagem, dois aspectos t¨ºm sido valorizados e aplicados: 1) a capacidade de carga como geradora de oportunidades de visita o, e n o somente como m¨¦todo de limita o; e 2) o monitoramento ambiental a longo prazo, cont¨ªnuo, atrelado ¨¤ varia o sazonal (di¨¢ria, mensal, anual) do volume de visita o em fun o de respostas em tempo presente de parametros-chave para cada tipo de ambiente estudado. Por fim, as pesquisas realizadas at¨¦ o presente demonstraram que os m¨¦todos de capacidade de carga apresentam problemas quanto ¨¤ sua aplica o e manejo, necessitando de novas abordagens, seja por meio da identifica o de novos indicadores (tamb¨¦m chamados de Fatores de Corre o), seja pela correla o com outros aspectos e metodologias de manejo da visita o para al¨¦m do messianismo da mera limita o num¨¦rica da visita o. %U http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/article/view/168