%0 Journal Article
%T PURA POESIA, AUTOBIOGRAFIA E AUTOFIC  O EM MANUEL BANDEIRA
%A A¨ªda Maria Jorge Ribeiro
%J Perspectivas Online : Humanas e Sociais Aplicadas
%D 2012
%I Institutos Superiores de Ensino do CENSA
%X O presente artigo visa a descobrir, sobretudo, aplica  es para os conceitos de autobiografia e autofic  o, respectivamente, apresentados em textos de cr¨ªtica liter¨¢ria dos escritores Philippe Lejeune e Serge Doubrovsky, a partir da leitura da biografia liter¨¢ria de Manuel Bandeira, Itiner¨¢rio de Pas¨¢rgada (1967). Segundo os cr¨ªticos em quest o, para que seus respectivos conceitos sejam aplicados ¨¦ preciso haver coincid¨ºncia entre autor, narrador e personagem. Estabelece-se um contrato. Entenderemos, assim, que toda biografia, sendo uma linguagem tamb¨¦m art¨ªstica, trairia a realidade, pelos seus esquecimentos, supress es e omiss es. A possibilidade de recortes faria, ent o, de toda autobiografia uma autofic  o. Em Itiner¨¢rio de Pas¨¢rgada, encontramos uma coincid¨ºncia entre autor, narrador e personagem, uma biografia, que, em princ¨ªpio, possui um compromisso com a verdade, com o real, mas que ¨¦ adjetivada por um elemento fict¨ªcio: de Pas¨¢rgada. Itiner¨¢rio de Pas¨¢rgada, de Manuel Bandeira, ¨¦ considerada a primeira biografia estritamente liter¨¢ria que se publica no Brasil. Ora, biografia (real) liter¨¢ria (fic  o)? O ¡°eu ¨C po¨¦tico¡± vai-se esfacelando pela percep  o do leitor que encontra as incoer¨ºncias, as lacunas de uma poss¨ªvel realidade. Bandeira era realmente simples, pessimista e doente? Ou ser¨¢ que seus versos, independentemente de tais dados serem reais ou n o, parecem penetrantes, sublimes em sua simplicidade? Muitas vezes, pela impossibilidade de comprova  o de dados biogr¨¢ficos - e para n o tirarmos o poder de transforma  o, de encena  o, de ficcionaliza  o, de liter¨¢rio do poema - n o seria ideal interpretarmos a obra sem tais aportes? Fic  o, realidade, cada vez mais juntas, na car¨ºncia de verdades e ilus es.
%K literatura
%K escritas de si
%K simbologias liter¨¢rias
%K modernismo brasileiro.
%U http://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/HSA/article/view/225